Os senhores da vida
e da morte
desideratos, telas raras
sonhos mortais
de quem sulca o mundo
escala a sorte
ou apenas rola
e espera
estranhas feições
de monstros raros
ou banais (isto pouco importa)
ondas gigantescas
a açoitar terra firme
e tragar os tantos milagres
da gente simples
ao pé da sorte
prostrados, não entendem
seu dia de órfão
peregrino
asa abatida pelo calmo
acanhado
e parco sopro da vida
da terra, do dia banal
da doce e fina
graça do não ser nada