Pobre vida! As pedras do caminho
vêm pesadas , solapam o tempo.
E esse errante, a caminhar sozinho,
sem ter rumo, estranha seu momento
triste ... Porém segue e vai em frente.
Sua estrada aqui anda sem marcação.
Caminha. Nada resta na mente,
a não ser seu passo sem razão?
Ou talvez carregue solidão,
pensamentos sobre o que já foi...
Quem sabe sinta a vida que dói,
e o sonho que lhe escapou das mãos.
Na verdade, parece seguir
sem pensar na razão de sua sina.
Tem razão, em parte: nada ensina,
esclarece ... Aquilo que há de vir
não será logos ou pensamento.
Não! Habita o baú dos lamentos,
das cinzas espalhadas na estrada.
Sua vida ... imagino ... sim: é amada.