terça-feira, 7 de novembro de 2017

MORRE MEU MELHOR

Hoje, minha vida adoece,
meu desespero bate no topo,
na mais alta cruz que o peito suporta,
no mais estranho pântano da vida.

Meus olhos afogam-se
na mais avassaladora dor,
no mar mais profundo de lamentos,
lembranças e saudade que se pense.

Hoje, a lua não vem
e a noite será mero breu, ocaso...
fim de linha, canção que se engole
e se nega... Névoa... poeira que cega.

Sem rumo, sigo qual bêbado,
em busca de chão firme, pão
ou qualquer migalha atirada.
Clamo ao céu... ou a qualquer sorte...

Hoje, meu sonho se espatifa
no muro triste da vida real,
no tufão que aborda e assola,
na solidão recém chegada e voraz.

Já não me vejo, arcado,
num turbilhão de vozes:
cânticos tristes, tempestade...
Morre meu melhor... restam escombros...

SEM RUMO

Habito o sem rumo.
Sonho a partir do imprevisto.
Minha vida... é a sorte...