Hoje, minha vida adoece,
meu desespero bate no topo,
na mais alta cruz que o peito suporta,
no mais estranho pântano da vida.
Meus olhos afogam-se
na mais avassaladora dor,
no mar mais profundo de lamentos,
lembranças e saudade que se pense.
Hoje, a lua não vem
e a noite será mero breu, ocaso...
fim de linha, canção que se engole
e se nega... Névoa... poeira que cega.
Sem rumo, sigo qual bêbado,
em busca de chão firme, pão
ou qualquer migalha atirada.
Clamo ao céu... ou a qualquer sorte...
Hoje, meu sonho se espatifa
no muro triste da vida real,
no tufão que aborda e assola,
na solidão recém chegada e voraz.
Já não me vejo, arcado,
num turbilhão de vozes:
cânticos tristes, tempestade...
Morre meu melhor... restam escombros...
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