Ai, dor do verso! Sóbrio alarde
das topadas tantas nos becos,
dos desencontros pelas tardes,
dessas cantilenas sem ecos.
A voz que sofre anda iludida,
respira um perfume irreal.
Tantos sonhos! As despedidas ...
E aquilo a que chamamos "mal" ...
Quisera trazer-te, poema,
agarrado às minhas loucuras;
a beijar a sorte; um emblema
do fim dessa larga procura.
Um aceno ao futuro sol,
às novas canções que virão:
estrondo ou arranjo em bemol ...
nota mínima ... céu, paixão.
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