Quero mais que a vida
sem cor, sem disfarce,
aurora escondida
ou sonho que nasce
desponta aguerrido,
explode, se esgota,
se esvai . . . é esquecido . . .
Lembrança remota . . .
Não! Eu quero mais!
Vida plena, a estrela
esbelta que faz
a noite ser bela
e o verso cantado
ser limpo, eloquente.
Quero o riso dado
de graça, insolente..
Quero, sem temor,
inventar meu mundo,
minha história: amor
e um querer profundo
que possa buscar
sem dor ou temores.
Não! Quem dera amar
e cobrir de flores
aquela que a tarde
puder trazer, linda!
Quero, com alarde,
vida, valsa infinda.
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