quarta-feira, 1 de novembro de 2023

VIVO


Joia perdida,
som descuidado da infância,
fagulha bailarina
a orientar, debandar ...
de repente voltar.

Sou filho dessa ilusão,
órfão de cada esquálido riso
ou apoteose de mentira
atirados pelo mundo,
ar postiço a inventar vida.

Ando pelo único atalho
a ser seguido, única mão
a me apontar caminhos.
Persisto e me crio ainda em festas,
nos desejos fugazes, no engano.



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