As voltas da vida
empurram-me a mim ...
inexorável vão,
angústia que cria,
dor que se regula ...
Um futuro a se criar.
Uma crença vesga
que brota de um passado
e de um presente ...
desconhecidos.
Uma fábula vivida,
ou sonho insepulto ...
comédia divina ...
quem poderá dizer?
Mágica estranha...
pote de ouro
a espera?
Onde se esconderam
as dores de tanto tempo
e as velas acesas
de tantos devaneios?
Onde?
Importa saber?
De que valem
as linhas de chegada
ultrapassadas, amadas
e esquecidas?
Os desejos em turbilhão
e as noites de poesia
onde os versos se alvoroçaram
e se perderam?
Nada importa!
Só o eu adiante: o único!
Nada além de um ponto
distante ... qual estrela
desconhecida e ínfima.
Nada além de um ser
que se quer,
ou um fragmento de vida
a ser buscado,
desejado ... relâmpago ...
imagem que não se sabe...
Só desejo ... puro ...
Só anseios e promessas
tontas, pueris ... ridículas...
Só isso...
Nada além...
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