Palavras soltas na tarde
vão e vêm. Correm e tropeçam,
atiram-se, perigosas, a tecer
o pensamento, os risos,
até lágrimas enxeridas,
desavisadas ou órfãs
Palavras soltas no mundo
são de ninguém. Enfeitam-se,
armam-se, esbarram ... Gritam!
Atrelam-se a liras, oboés,
teorias, guerras. São marcas
do humano. Signos, pegadas.
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