sexta-feira, 24 de julho de 2015

RASTRO PERFUMADO


Longo é o dia
quando me estás distante.
Voo de ave perdida,
abismo infinito
a corroer o tempo . . .
lentamente  . . .
Afago a se implorar
e brisa que não toca . . .
Dor que não se cabe . . .
Abandono . . .

Larga é a espera
por teu toque
e tua canção soprada
a cada fala,
teu riso e beijo,
dádivas fugazes
porque, na dor do desejo,
criam figuras e sonhos
de azul
e eterno . . .

Leve é  o céu
a se mostrar
e galante, o sol a me abraçar,
quando me apareces . . .
e me acenas . . .
Vivo é o mundo
quando és mais que ideia
ou rastro perfumado.
Então,  a vida desce
qual gota refrescante
de uma chuva doce
que me traz o ar
e meu próprio ser

que imaginava perdidos . . .