Longo é o dia
quando me estás distante.
Voo de ave perdida,
abismo infinito
a corroer o tempo . . .
lentamente . . .
Afago a se implorar
e brisa que não toca . . .
Dor que não se cabe . . .
Abandono . . .
Larga é a espera
por teu toque
e tua canção soprada
a cada fala,
teu riso e beijo,
dádivas fugazes
porque, na dor do desejo,
criam figuras e sonhos
de azul
e eterno . . .
Leve é o céu
a se mostrar
e galante, o sol a me abraçar,
quando me apareces . . .
e me acenas . . .
Vivo é o mundo
quando és mais que ideia
ou rastro perfumado.
Então, a vida desce
qual gota refrescante
de uma chuva doce
que me traz o ar
e meu próprio ser
que imaginava perdidos . . .
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