quarta-feira, 8 de maio de 2024

MEU SONO


Ah, meu sono!

De noite, a busca do afago

da noite,  do vazio,

O som do fim

da vida 

do dia, 

a cômoda relva 

macia ... acolhida sublime

ao corpo que, da guerra do dia,

escapou e venceu.

Venceu?


Quem sabe outra mirada ...


Talvez uma carícia piedosa

ao pobre diabo,

vencido pela força 

cruel e astuta da vida. 

Um pobre a se aninhar

no ventre da noite ...

e se entregar! 

Até que o mundo invente

o novo. Novas estradas,

novos guerreiros.


Ah! Meu sono. 

Meu tempo

só meu, 

sem tempo,

nem nada.

Até que a vida retorne.