Vento, leva
canções e saudades,
esperas perdidas,
vozes desfeitas
e vida ensaiada . . . promessa . . .
Um voo a se perder:
tempo que insiste . . .
(até quando se atreve?)
pálpebra que cai . . .
E a seresta cessa,
e dor se esgota,
e tudo se vai . . . se vai . . .
acena . . . desiste . . .e se vai . . .
Vento da tarde,
leva o rasgo do eterno
na carne de teu vulto,
no som de tua ópera,
pois nada te resta,
nada existe . . .
O mundo é flor
que se quebra,
sol que derrama
e se afasta,
noite que finge
que é luz. . .
canção doce, leve,
que se cala . . .
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