quinta-feira, 10 de setembro de 2015

HORAS ARRASTADAS

Quanta espera!
Horas arrastadas
A cada dia . . .  Cadeado . . .
Sopro morno,
Carpido . . .

Vida adormecida.
Sem lua
Ou medida,
Mendiga . . .
Fôlego atado,
Seresta  triste . . .
Poema que não fecha,
Rabisco . . .

Quanta falta fazes,
Quanto sol me negas,
Desabrigo . . .

Quero-te! Um aceno,
Uma estrela, valsa . . .
Vivo a melodia, balbucio,
A anunciar - te,
Pequeno bilhete
Ou esboço de canção ,
Nesga . . .

Vivo da visão
E do rastro perfumado,
Prelúdios da tarde fresca,
Leve, luzidia,
Que há de vir . . .

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