Que mundo é este?
Abarrotado, afoito,
enxame bailarino,
flutua...
Estanho! Parvo...
Quase eremita
no cosmo: solitário
(diferente, azul)...
É galante, emplumado
qual exótica ave
ou canção proibida,
amante furtivo...
quem sabe,
andarilho pensador...
Qual seu sentido?
Sua saga?
Abrigo de trágicas odes
e nobres agressões,
vazio de luzes,
repleto de atalhos...
Inquieta...
Mar de vida...
e mortes,
acasos
e inexoráveis perfídias...
paixões
e desalentos...
Desespera...
Que mundo é este,
onde roda o trágico
e se alinha o mágico,
pretensioso,
pacífico
e insensato?
Que encanta...
Onde as ondas gritam
mas as pedras quietas
insistem em adorar
os deuses calados,
as óperas sóbrias
e os heróis de papel...
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