quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Que mundo!

Que mundo é este?
Abarrotado, afoito,
enxame bailarino,
flutua...

Estanho!  Parvo...
Quase eremita 
no  cosmo: solitário
(diferente, azul)...

É galante, emplumado
qual exótica ave
ou canção proibida,

amante  furtivo...
quem sabe,
andarilho pensador...

Qual seu sentido?
Sua saga?

Abrigo de trágicas  odes
e nobres agressões,
vazio de luzes,
repleto de atalhos...
Inquieta...

Mar de vida...
e mortes,
acasos
e inexoráveis  perfídias...
paixões
e desalentos...
Desespera...

Que mundo é este,
onde roda o trágico
e se alinha o mágico,
pretensioso,
pacífico
e insensato?
Que encanta...

Onde as ondas gritam
mas as pedras quietas
insistem em adorar
os deuses calados,
as óperas sóbrias
e os heróis de papel...

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