quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O QUE É O MEU AMOR

O que é o meu amor?
Ora, será que é alguma coisa?
Será que se constitui como algo em si?
Será que se materializa em presentes, gestos, lágrimas ou desesperos?
Posso garantir que ocupe um lugar qualquer, ainda que no intangível?
Quando penso nele, algo acontece. Parece que me assalta, se esconde, me atropela ... desaparece!
Não sei nem se posso evocá-lo de fato.
Só o que sei é que algo me toma, de repente, me faz intrépido, sonhador, abusado, voador, solitário, cantor, emudecido, afável ou violento.
A vida me joga de tudo, mas sinto que há algo que rebato e um tanto que assimilo.
O sol me ilumina tudo, mas meus olhos só veem uma parte.
A lógica né dita normas, regras, caminhos, mas, às vezes, o mais seguro para mim vem por acaso.
Estar vivo é bem supremo, mas, acreditem, tem hora que prefiro morrer para que alguma coisa não morra.
Será que tem a ver com esse tal de amor? Será que inventou-se esta palavra por não se compreender tais incoerências?
Bem diante de mim, ou dentro de mim, algo me surge. Não consigo capturá-lo. E ele vai, volta, vai ,  volta...
Amor?
Não sei! Só sei que, sem ele, a vida seria como uma linha reta, infinita... Sem qualquer outra direção possível.  Só isso!  Nada mais.

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