segunda-feira, 24 de julho de 2023

ESCRITAS NOVAS


No acalanto da rua antiga,
Embalado, ainda, por toques
Iguais aos tons da velha vida,
Quis juntar canções, sem retoques,

Achando que aquelas tais rimas
Que dançavam, rodavam lindas
Em tardes quentes, convertidas
Seriam em sonhos. Ainda!

Pobre de mim! Não vi que a vida
Anda sempre em frente, não volta!
Me acenou triste a nota amiga,
Antiga. Riu-se a estrofe solta.

As músicas, as telas ... Tudo
Que vem dos sonhos, dos desejos,
Quer vida, futuro. O som mudo
Me disse: "vai, faça um gracejo,

Zomba da sorte, experimenta
Novas escritas, novos versos.
De tanta angústia, a dor aumenta,
E não: não há tempo ao reverso"!

Então, vida, vou te buscar,
Em tardes novas, novos temas.
Não tenho escolha: bora andar!
Quero só a brisa leve ... apenas!



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